Cadeias da carne calculam o prejuízo da greve e alterações futuras de custos

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) informa que todas as 167 unidades frigoríficas que haviam suspendido a produção durante a paralisação dos caminhoneiros, retomaram as atividades nesta semana.

 
Conforme os últimos números consolidados pela ABPA junto aos seus associados, a paralisação gerou impactos totais de R$ 3,150 bilhões ao setor produtor e exportador de aves, suínos, ovos e material genético.
 
Apesar das perdas de animais registradas, o reinício do fluxo de ração no campo evitou que um plantel de cerca de 1 bilhão de cabeças continuasse em risco.
 
A reorganização da cadeia produtiva e da distribuição de produtos após a suspensão das atividades durante a greve gerará custos extras ao setor.  Em outras palavras, até que se reestabeleça toda a sistemática setorial, ficará mais caro às indústrias produzir cada quilo de carnes e cada unidade de ovo.  Haverá a necessidade de aumento da oferta de linhas de crédito para a manutenção da retomada da cadeia agroindustrial.
 
Neste contexto, a ABPA manifesta sua preocupação com a elevação dos custos produtivos devido à forte alta dos preços do milho e da soja (que oneravam a produção de proteínas antes da greve dos caminhoneiros) e ao estabelecimento da tabela de frete mínimo. Por serem setores intensivos em uso rodoviário (com transporte de animais vivos, ração, insumos e outros) a avicultura e a suinocultura serão fortemente impactadas pelos novos custos logísticos.
 
Mesmo com todos os desafios que estão em pauta e com a natural queda da oferta de produtos decorrentes da greve, a avicultura e a suinocultura continuam comprometidas com o restabelecimento do fluxo de alimentos e com a segurança alimentar da população brasileira.
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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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