A fabricação de Roundup na União Europeia tem seus dias contados

Anna Reiff

A gigante farmacêutica Bayer está sendo processada por um grupo de apicultores franceses que dizem ter encontrado vestígios de glifosato no mel produzido pelas abelhas.

De acordo com a AFP, a cooperativa, que representa cerca de 200 produtores, alega ter detectado a presença do composto em três lotes de um dos membros.

Emmanuel Ludot, representante dos apicultores, ressalta o risco de contaminação pois as colmeias estão localizadas próximas de plantações de beterrabas e girassóis. O advogado alertou ainda sobre o uso excessivo do Roundup pelos agricultores.

O glifosato é um herbicida desenvolvido para matar ervas daninhas. O composto foi descoberto pelo químico John E. Franz na década de 1970 e atualmente é utilizado pela gigante norte-americana Monsanto sob o nome de Roundup.

No Brasil, quase 100% da lavoura extensiva, com base no plantio direto, utiliza-se do Roundup em produtos resistentes ao herbicida, a chamada tecnologia Roundup Ready (pronto para o Roundup). 

A licença de fabricação do Roundup na Europa está por finalizar e 20 países votaram por uma extensão de 18 a 24 meses, mas Alemanha, Itália e França se abstiveram de votar. Assim não foram atingidos os índices populacionais necessários para a extensão.

O presidente da França prometeu interromper a fabricação em 2021, portanto dentro de 3 anos.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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