
De tempos em tempos, alguns membros do Tribunal de Justiça da Bahia são acusados de desmandos e decisões monocráticas que visam favorecer partes. A imprensa da Capital está em polvorosa com uma próxima inspeção do CNJ, tantas são as denúncias contra membros da Instituição.
A inspeção que o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) fará nas unidades do Tribunal de Justiça da Bahia, a partir do próximo dia 16, está tendo grande repercussão.
Isso porque, segundo fontes do CNJ, a inspeção abre caminho para instauração de sindicâncias investigativas sobre casos que atualmente estão na lupa da Corregedoria. Um deles, o Bocão News divulgou esta semana. Trata-se da ação milionária contra o Bradesco na qual houve um levantamento de depósito em juízo de R$ 15 milhões de reais, autorizados sem atendimento dos critérios legais.
O CNJ também está apurando, juntamente com a Policia Federal, o envolvimento de uma desembargadora baiana com suposto tráfico de influência. Os detalhes do caso constam de uma reclamação disciplinar apresentada ao corregedor do CNJ, no início de abril por investidores estrangeiros com negócios no mercado hoteleiro e imobiliário.
Na representação, a desembargadora é acusada de favorecer um advogado que atua em parceria com o filho da magistrada.
Ambos os casos se referem ao chamado” FILHOTISMO”, prática bastante utilizada para favorecer os escritórios dos filhos.
Também constam da pauta do CNJ: os supersalários de servidores da Corte. Duzentos e sessenta e nove servidores ganham acima do teto constitucional (R$33,7 mil).
Durante uma semana, a equipe escalada pelo CNJ vai percorrer gabinetes de desembargadores, núcleos de precatórios, varas e juizados do interior do Estado.
A inspeção poderá contar com apoio da Controladoria Geral da União, Receita Federal e COAF, órgão especializado em detectar movimentações bancárias atípicas e suspeitas.
