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Sobrou para o alemão Sebastian Vettel satisfazer a sua torcida e cravar a pole-position para o GP da Alemanha, em Hockenheim. Correndo em casa, ele garantiu a alegria da Ferrari com o recorde de volta a 1min11s539 e ainda teve mais motivos para comemorar com a zica na Mercedes do rival pelo título, Lewis Hamilton. Valtteri Bottas ficou em segundo, com Kimi Raikkonen em terceiro, o finlandês perdendo a chance de largar na frente ao errar na última curva.
A pole, contudo, foi longe de protocolar. Bottas surpreendeu na sua última tentativa, baixando em 100 milésimos o tempo das Ferrari. Só que Vettel era o último a fazer volta da turma da frente e baixou a sua marca em meio segundo para a torcida explodir no estádio de Hockenheim. Entre os demais, Max Verstappen fez o quarto tempo, mas com performance para incomodar na corrida.
A Haas voltou a ter grande performance como melhor do resto e Kevin Magnussen garantiu o quinto tempo. Romain Grosjean foi o sexto, seguido de Nico Hulkenberg e Carlos Sainz, em formação com a Peugeot. Charles Leclerc foi o nono, com Perez em décimo. Mas vamos ao Q2, com todo o drama de novelão britânico…
Lewis Hamilton definitivamente não está num ano com sorte de campeão. Depois de perder pontos vitais em provas de favoritismo da Mercedes, na Alemanha vai largar lá no meio do pelotão após protagonizar um drama na classificação. Era o início do Q2 quando o Mercedão saiu de frente na Curva 1, quicou na zebra para logo em seguida começar a falhar. “Problema hidráulico, pare o carro”, anunciou o engenheiro.
O britânico demorou a parar, desceu e ainda tentou empurrar o carro, para logo em seguida ser informado que deveria deixar o veículo com os fiscais. Desolado, ele agachou ao lado da lateral e ficou lamentando mais um transtorno que abre caminho para Vettel abrir vantagem no campeonato.
E o Q2 deixou outras vítimas. Daniel Ricciardo nem saiu dos boxes, cheios de problemas desde o início do fim de semana. Vai largar em último com a troca de vários componentes da unidade de força da sua Red Bull. Marcus Ericsson errou a dose no último setor, colocou uma roda na concregrama e rodou para a brita. Ao voltar, sujou todo o asfalto e provocou mais uma paralisação com bandeira vermelha.
Com as paradas, os minutos finais viraram uma enorme briga do oitavo para o 13º lugar. Charles Leclerc voltou a se destacar e cravou a oitava marca no finalzinho para colocar a Sauber de novo no Q3. Carlos Sainz deu uma erradinha, mas com esforço ficou em nono, enquanto Sérgio Perez levou a última vaguinha com a Force India.
Fernando Alonso tentou, beliscou zebra, arriscou o que dava sem errar, baixou sua melhor marca em meio segundo, mas ainda assim foi apenas o 11º, primeiro degolado por alguns milésimos. Ficou à frente de Sergey Sirotkin, na sua melhor classificação do ano e de Marcus Ericsson, que errou na sua volta derradeira. Hamilton e Ricciardo nem registraram voltas.
O Q1 teve algumas vítimas ilustres e a surpresa de uma Williams passar o tempo de corte. Sergey Sirotkin fez a façanha para avançar ao Q2, talvez ajudado pela nova asa dianteira, na qual o time britânico aposta todas as fichas. Esteban Ocon foi a maior surpresa, com a Force India numa pista com grandes retas, usualmente um ponto forte dos carros rosa.
Sem uma grande cavalaria do motor Honda, a Toro Rosso pela primeira vez ficou com os dois carros na primeira fase do treino em 2018. Pierre Gasly na frente da Brendon Hartley, mas não muito. Ninguém mais desolado, contudo, que Stoffel Vandoorne, muito longe de Fernando Alonso em último a bordo da sua McLaren. Pior até que Lance Stroll, na outra Williams.

