Agronegócio reage à sanção da tabela do frete

Representantes do setor dizem que forte elevação dos custos embutidos pelo transporte acarretarão em inflação

As principais entidades do agronegócio brasileiro reagiram fortemente contra a oficialização da nova tabela de frete, por meio da Lei n° 13.703, publicada nesta quinta-feira (09.08) no Diário Oficial da União (DOU). Diversas organizações representativas do setor produtivo rural vieram a público se manifestar contra a medida sancionada pelo presidente Michel Temer.

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), por exemplo, destaca que o tabelamento causa um “grave cenário de insegurança jurídica, o que tem impacto na comercialização de insumos. Como consequência, há uma forte elevação dos custos embutidos pelo transporte, que acarretarão em elevações de preços ao consumidor, impactando diretamente a inflação”.

“A competitividade nacional e internacional do País está em jogo neste momento. A questão logística, que já é um entrave para a capacidade produtiva nacional, passou a ser um fator de retenção de negócios. Com o menor fluxo produtivo, os custos da nova tabela poderão desencadear impactos na manutenção dos postos de trabalho e causar inflação”, explica a ABPA.

Segundo a entidade, há uma clara deturpação no papel que esta tabela deveria ter, que seria estritamente de referência: “Todos pagarão um preço elevado pelo tabelamento, sejam produtores, consumidores e até mesmo os transportadores”.

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) entrou no Supremo Tribunal Federal (STF) com um novo pedido para suspender o tabelamento dos preços mínimos do frete do governo federal. Trata-se de um aditamento à Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5959, protocolada pela entidade em junho para acabar com a eficácia da Medida Provisória (MP) 832, que criou a tabela de frete para o transporte rodoviário.

Na petição, a CNA justifica que “a essência da norma se manteve (…), qual seja, a inconstitucionalidade da intervenção estatal em atividade econômica eminentemente privada (…) A Lei trouxe questões acessórias que tornam a intervenção estatal até mais patente e inconstitucional”. De Leonardo Gottems, do Agrolink.

Avatar de Desconhecido

Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

2 comentários em “Agronegócio reage à sanção da tabela do frete”

  1. E pensar que recebi muito videozinho pelo whatsapp defendendo a tal greve, sem ao menos se preocupar toda a pauta de reivindicações dos camioneiros. Enquanto estava ferrando os outros belezas, mas a conta chegou para todos.

Deixe um comentário