Proibição do glifosato pode ser um duro desafio para o próximo plantio da soja

Daniel Popov e Francielle Bertolacini, da página Projeto Soja Brasil, no portal Canal Rural afirmam, em extensa matéria jornalística, que vai ser muito difícil substituir o glifosato como principal herbicida no País.
“A decisão de suspender o uso e comercialização de agroquímicos à base de glifosato pode trazer uma grande dor de cabeça ao agronegócio brasileiro”, dizem.

 Segundo o pesquisador da Embrapa Soja, Fernando Adegas, como a nova safra está próxima de ser plantada, em meados de setembro, uma alternativa às pressas não seria tão efetiva e certamente custará mais caro. Por sua vez, produtores de soja de Mato Grosso já compraram os herbicidas à base do princípio ativo que será proibido e, alguns, fizeram até estoque para garantir uso no futuro.

A proximidade do plantio da soja é o momento em que a Embrapa sugere aos produtores o maior cuidado com as plantas daninhas. O indicado é que a dessecação seja realizada com mais de 40 dias antes do início da semeadura, para que as invasoras sejam controladas e os herbicidas não afetem o plantio da soja.

Outro problema apontado pelos dois jornalistas diz respeito à aplicação do herbicida em pré-emergência da soja, o que permite uma maior eficiência de plantas daninhas.

A verdade é que os produtores e as empresas fornecedoras de herbicidas não estão preparados tecnicamente para substituir um herbicida barato e eficaz como o glifosato, apesar da resistência encontrada em algumas plantas daninhas.

Serão testados também, com a proibição do princípio ativo, os produtores de semente RR – Roundup Ready e os detentores das patentes dessas sementes, no caso a Monsanto e a Bayer, hoje empresas associadas.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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