
Um dos últimos implicados na Operação Último Tango, desencadeada para investigar suspeitas de fraude na Câmara de Vereadores de Correntina, o vereador e ex-presidente da Casa, Maradona, se entregou hoje, logo após ao meio-dia à Polícia Civil. Ele estava foragido desde o final de maio, mas resolver se entregar tendo em vista que, pelo regimento interno, perderia o cargo (e o salário) depois da ausência em 10 sessões ordinárias.
No dia 26 de outubro de 2017, o Ministério Público Estadual da Bahia (MP-BA), através do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), deflagrou a operação ‘Último Tango’, que prendeu cinco vereadores no Município de Correntina. Entre eles, o presidente da Câmara de Vereadores, Wesley Campos Aguiar, conhecido como Maradona. Solto 25 dias mais tarde, Maradona desapareceu após novo mandado de prisão solicitado à Justiça pelo MP.
De acordo com os promotores de Justiça do Gaeco, todos os presos estão envolvidos na formação de organização criminosa suspeita de fraudar processos licitatórios e contratos no Município, desviar verbas públicas mediante pagamento de gratificações indevidas a servidores e realizar exigências ilícitas ao prefeito, inclusive entrega de propina de R$ 50 mil para alguns vereadores em troca da aprovação de projetos de lei.
Entre as denúncias ao Ministério Público da Bahia, está o atraso das obras da nova Câmara de Vereadores. O gasto previsto para a construção era de R$ 4,4 milhões e já foram gastos mais de R$ 3,5 milhões.
