A história se repete, agora como farsa.

Sobre as diatribes de ontem no Jornal Nacional:

A conclusão que se chega é que, mesmo separados por 52 anos, a história do golpe de 64 em muito se assemelha ao de 2016. E claro, ambos foram apoiados por essa massa coesa chamada classe média, ciosa dos seus privilégios. Os mesmos que foram para a rua na marcha da “Família, Tradição e Propriedade” contra os avanços progressistas de João Goulart, apoiados pela mesma imprensa dócil, foram os que se vestiram de verde e amarelo e foram gritar que não queriam pagar o pato.

O apoio internacional é o mesmo, com os Estados Unidos interessados como sempre em manter o quintal livre de ideologias que não sejam as suas, de exploração dos recursos naturais do País continente; as decisões da Suprema Corte e do legislativo são semelhantes. E até os canalhas têm o mesmo perfil psicológico.

Como dizia o barbudo Karl Marx, a história se repete, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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