
O último levantamento da CONAB dá uma ideia do potencial produtivo de grãos e fibras da Bahia. O estado tem uma área geográfica de 56 milhões de hectares e planta 3,04 milhões de hectares.
O Rio Grande do Sul tem a metade da área, 28 milhões de hectares, e planta 8,6 milhões de hectares.
É bem verdade que grande parte da Bahia tem déficit hídrico nos meses de verão. No entanto, com o avanço da tecnologia e o desenvolvimento de variedades cada vez menos dependentes de água, o potencial produtivo se mostra enorme.
Só um exemplo: toda a franja que segue a grande chapada do Oeste, hoje dedicada a pastagens, tem excelentes texturas e fertilidade de solo e, em anos de pluviosidade avantajada, chega além dos 1.000 milímetros de chuva. O suficiente para uma gorda safra de grãos.
No mapa, podemos ver que a área de chapada do Oeste pode ser dobrada com a planície que alcança quase toda a margem esquerda do São Francisco.
Quem está inteirado de países como Israel, Espanha e até Arábia Saudita, que plantam em áreas quase desérticas ou plenamente desérticas, com um mínimo de irrigação, sabe do potencial dessa grande planície.
É só ver as lavouras plantadas ao longo da BR 135, no trecho São Desidério-Correntina ou as plantações de algodão no Cascudeiro (Baianópolis), ou ainda, o cultivo de banana no Projeto Formoso, em Bom Jesus da Lapa, para saber que a área da planície é de grande potencial produtivo.
