A China quer armar a Argentina?

 

A pergunta que se espalha com insistência nas redes sociais só será respondida num tempo não muito breve. Em resposta à pressão norte-americana de instalação de três grandes bases aéreas em território argentino está tendo a resposta a altura da China, capaz de tornar o vizinho País um cliente de armamento sofisticado a preços subsidiados.

A Argentina perdeu grande parte de sua aviação na aventura nas ilhas geladas das Malvinas. Os militares argentinos certamente farão pressão pelo rearmamento. Em acréscimo a isso, se pode citar que a Argentina é fornecedora de soja e outros insumos para os chineses, o que certamente facilita as coisas. 

A reação brasileira pode ter dois polos: o primeiro, protagonizado pelos militares, que sempre encararam a Argentina como um inimigo militar. O segundo, protagonizado por um eventual novo governo que não tem como dispensar volumosos investimentos chineses no País na infraestrutura e no agronegócio, bem como preservar o seu principal cliente para a soja e o minério de ferro. A Fiol – Ferrovia Leste Oeste e o novo porto de Ilhéus são apenas alguns dos bons exemplos.

Depois disso, entende-se a briga de Trump com os chineses: o assunto passa pela geopolítica mundial, em que a dominação de mercados como o Brasil são de suma importância. Aos chineses interessa manter um alto volume de negócios no Brasil. Tanto na exportação, como na importação de produtos agrícolas, como soja, milho e carnes, além dos estratégicos minério de ferro e das terras raras.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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