Governo decide manter termelétricas pela quarta semana seguida

Termelétricas: custo até 4 vezes maior que o da geração hidráulica

O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, colegiado coordenado pelo Ministério de Minas e Energia, decidiu hoje (19), em reunião extraordinária, manter o acionamento de usinas termelétricas mais caras, pela quarta semana seguida.

A decisão vale para as usinas com Custo Variável Unitário até R$ 766,28/MWh para o período de 22 a 28 de setembro. A medida diz respeito a um conjunto de 14 usinas e reafirma decisão tomada pelo comitê no dia 1° de setembro, quando acionou as usinas.

Pesou na decisão do comitê, que é responsável por monitorar as condições de abastecimento e o atendimento ao mercado de energia elétrica do país, o baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas, principal fonte de geração de energia no país.

A medida levou em consideração os atuais níveis de armazenamento dos subsistemas do Sistema Interligado Nacional (SIN). A perspectiva é que o CMSE é de realizar reuniões extraordinárias semanalmente para debater a situação dos reservatórios das usinas.

Bandeiras tarifárias

Ontem (18), o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André Pepitone, descartou a possibilidade de revisão no valor das bandeiras tarifárias. As bandeiras são acionadas em período de escassez de chuvas, quando há redução no nível dos reservatórios nacionais. Nesses períodos há o acionamento de usinas térmicas, cujo custo de produção é mais alto.

Água está pouca nas hidrelétricas

Segundo o Operador Nacional do Sistema – ONS uma forte redução na água acumulada nos reservatórios é sentida, principalmente no Sistema Sudeste/Centro Oeste, que tem média de apenas 24% e no Nordeste, com apenas 30%. Na hidrelétrica de Sobradinho, que teve vazão regulada ao longo dos últimos dois anos, o reservatório está em 30%. 

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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