Quem está rasgando livros na biblioteca da UNB?

Livros que contam a história da “luta por direitos humanos” no Brasil foram rasgados na biblioteca central da Universidade de Brasília (UnB). Sete obras foram danificadas, de acordo com um servidor do departamento. A Polícia Federal vai analisar o material.

“O fato vem ocorrendo desde o início do ano. Foi de pouco em pouco. Supomos que foram casos isolados, mas agora reunimos sete livros que sofreram o dano”, disse o funcionário ao G1. Ele preferiu manter a identidade em sigilo “por medo de ameaças”.

A temática dos livros danificados também chamou a atenção dos servidores. Foram quatro edições da área de direitos humanos, um sobre a história do movimento pagão na Europa e os outros na seção de belas artes, sobre o renascimento.

Em nota, a administração da UnB afirmou que vai pedir a abertura de uma investigação para apurar as circunstâncias dos danos e identificar os responsáveis. O comunicado diz que a universidade “repudia quaisquer atos de vandalismo”.

Numa cidade onde não existe uma biblioteca, nem uma livraria digna do nome, ninguém vai estranhar que alguém rasgue livros de direitos humanos. Mas saibam,  nos primeiros anos de Hitler no poder,  na Alemanha se queimavam livros nas ruas. E assim começou a maior tragédia da humanidade, que consumiu a vida de 60 milhões de pessoas.

Alemanha, 1933, logo depois da ascensão de Hitler ao poder, queima de livros “não arianos” nas ruas.

 

 

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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