Entregando o ouro negro: Senado pode liberar venda de 70% da área do pré-sal.

O Senado deve retomar nesta terça-feira (6) a votação de requerimento de urgência do projeto de lei que libera a Petrobras para vender até 70% das áreas da cessão onerosa do Pré-Sal a empresas multinacionais.

O projeto foi aprovado na Câmara em julho deste ano.

João Antônio de Moraes, da direção nacional da Federação Única dos Petroleiros (FUP), criticou a medida e afirmou que a venda será “um imenso prejuízo ao povo brasileiro”. Aprovada em 2010, a lei que estabeleceu a cessão onerosa autorizou a União a ceder para a Petrobras o direito de produzir até 5 bilhões de barris de petróleo em seis grandes áreas do Pré-Sal na Bacia de Santos. A estatal, por sua vez, repassaria o valor correspondente em forma de ações preferenciais da empresa, como contrapartida.

Moraes lembra que as empresas internacionais têm maiores gastos de operação na reserva por não possuírem o padrão tecnológico da Petrobras para a exploração em águas profundas, o que pode elevar ainda mais os preços dos combustíveis:

“A gente perde porque esse petróleo vai ser produzido mais caro, vai pressionar o preço da gasolina, do óleo diesel, do gás de cozinha, e ainda enfraquece a Petrobras”.

A Petrobras vem sofrendo um desmonte em detrimento do capital estrangeiro ao longo do governo de Michel Temer. A estatal anunciou, na quarta-feira (31), que vendeu sua parte numa sociedade que explora campos de petróleo do Pré-Sal na Nigéria. A decisão representa uma redução na estratégia de internacionalização da estatal. Do site Nocaute.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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