Aécio Neves e assessores recebiam dinheiro de propina em caixas de sabão

Usado no esquema de pagamento de propina montado pela JBS, o dono de um mercado em Belo Horizonte, Waldir Rocha Pena, afirmou em depoimento que fez entregas de dinheiro vivo a um primo do senador Aécio Neves (PSDB). 

Segundo O Globo, o primo do tucano é Fred Pacheco. Além dele, Mendherson Souza, ex-assessor do senador Zezé Prella (MDB), recebeu valores. O dinheiro era embalado em caixas de sabão em pó. 

O relato corrobora a delação da JBS e constitui mais uma prova de pagamento de propina aos políticos. O depoimento foi dado por Waldir à Receita Federal e enviado à Procuradoria-Geral da República (PGR), a quem cabe investigar Aécio e Perrella no caso.

As informações prestadas por Waldir também foram compartilhadas com a Polícia Federal de Minas Gerais e usadas na deflagração da Operação Capitu, que apura corrupção no Ministério da Agricultura e prendeu temporariamente o dono da JBS, Joesley Batista, e outros envolvidos no caso.

Na Operação Patmos, em maio de 2017, que monitorou entregas de dinheiro feitas pela JBS, os emissários para receber recursos foram também Frederico e Mendherson, ambos chegaram a ser presos pela PF.

Tantas provas de corrupção pesam sobre os ombros de Aécio Neves, que ele até poderia emprestar algumas para o seu adversário Lula da Silva.

Avatar de Desconhecido

Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

Deixe um comentário