
A segunda reunião (veja aqui a primeira) para instalação do consorcio de saúde do Oeste da Bahia e eleição do seu presidente, realizada hoje, no Hotel Morubixaba em Barreiras, sacralizou a grande derrota, que já havia acontecido na primeira reunião, do prefeito de Luís Eduardo, Oziel Oliveira e sua primeira dama, a deputada estadual eleita Jusmari Oliveira.
A grande maioria dos prefeitos que farão parte do consórcio de saúde do Oeste, disseram um sonoro NÃO às pretensões politicas do casal.
Em um embate, em que o preposto da Secretária estadual de saúde, Nelson Portela, coordenador de consórcios de saúde, fazia, abertamente, o jogo do casal derrotado. Querendo a todo custo eleger Oziel presidente do consórcio de saúde, e para isso impondo um modelo de estatuto em que os municípios menores teriam direito a um único voto e os maiores, Barreiras e Luís Eduardo, teriam juntos direito a sete votos.
Essa ordenação, pouco democrática, daria uma vantagem enorme a estes dois municípios para ditarem suas vontades, não só na eleição, mas em todas as decisões posteriores do consorcio.
Os prefeitos unidos, reagiram duramente e mantiveram a candidatura de Pimentel, prefeito de Catolândia. Acionaram o governador Rui Costa e conseguiram um encontro, na primeira semana de dezembro, para discutir esse assunto de forma definitiva com o governador.
Vendo a derrota eminente, Jusmari (bem ao seu estilo) fez um discurso choroso e disse que retiraria a candidatura de Oziel em favor de Pimentel.
Outra vez, foi derrotada, os prefeitos viram no ar a jogada da raposa e disseram novamente NÃO. Irão discutir com o governador todo o Estatuto proposto e só depois farão a assembleia de eleição do presidente.
Jusmari queria fazer de Pimentel uma rainha da Inglaterra; o fantoche seria o presidente do consorcio de saúde, mas quem mandaria seria Barreiras e LEM. (Zito e Oziel). Mas dessa vez, ela não se deu nada bem.
Os prefeitos discutirão diretamente com o governador esse assunto. Mais uma vez ficou demostrado que Jusmari não dá mais as cartas por estas bandas. Os tempos mudam cara futura deputada estadual!
Na verdade, nem Jusmari, nem Zito querem discutir os recursos da PPI. Esses recursos são pagos pelos municípios para que Barreiras e LEM ofereçam serviços de média complexidade (exames, pequenas cirurgias, etc). Esse dinheiro entra nos cofres destas duas cidades automaticamente, saindo das verbas de saúde dos municípios.
Qual é a jogada? Fazer com que os prefeitos paguem por estes mesmos serviços nas policlínicas que serão geridas pelo consórcio. O dinheiro da PPI ficaria livre, leve e solto para Barreiras e LEM fazerem o que bem quiserem.
