O presidente Jair Bolsonaro empossou nesta segunda-feira (7) os novos presidentes dos bancos públicos. Entre eles, Pedro Guimarães, que passa a presidir a Caixa, que é reconhecido por ser um especialistas em privatizações. Menos notório é o fato de que Guimarães é genro de Leo Pinheiro, ex-executivo da empreiteira OAS, condenado por pagar propinas em troca de favorecimentos para a empresa e que teve a pena reduzida após assinar um acordo de delação premiada em que acusou o ex-presidente Lula de ser o “proprietário oculto” do triplex do Guarujá (SP).
A delação foi peça-chave na condenação do ex-presidente, mas originalmente ele não havia citado Lula. Após ter sua pena aumentada em novembro de 2016, Pinheiro mudou de versão em abril de 2017 e passou a incriminar Lula. Guimarães é casado com Manuella Pinheiro Guimarães, filha de Leo Pinheiro.
Sócio do banco de investimento Brasil Plural, Guimarães é doutor em Economia pela Universidade de Rockester (EUA), especializado em privatizações. Em seu discurso de posse, anunciou que pretende vender parte das empresas de seguros, cartões e loterias vinculadas à Caixa. Ele também disse que tem a intenção de expandir a oferta de microcrédito a taxas mais baixas do que as praticadas pelo mercado atualmente.
(*) Com informações da Carta Capital.
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