Bolsonaro vai mesmo permitir a destruição da cadeia produtiva do leite?

Só a Leitíssimo, no extremo-oeste da Bahia, abriga mais de 3.000 vacas leiteiras.

A cadeia produtiva do leite conta com 1,2 milhão de agricultores familiares em todo Brasil, distribuídos em mais de 4.500 municípios.

O objetivo é mesmo acabar com a renda e os empregos de mais de 1% da população economicamente ativa?

Respostas no Posto Ipiranga, que quer os brasileiros mais competitivos frente ao leite altamente subsidiado da Nova Zelândia e da Comunidade Europeia.

Só na Bahia existem mais de 100 grandes laticínios. O volume de leite produzido no estado não consegue sequer atender o consumo interno. São produzidos 950 milhões de litros de leite, quantidade insuficiente para suprir a demanda de 1,6 bilhão de litros.

Na noite de hoje, o presidente Bolsonaro recuou, voltando atrás na decisão de retirar impostos de importação do leite. É a primeira derrota de Paulo Guedes. Bolsonaro está se tornando um especialista em marcha-a-ré. Larga um balão de ensaio, com uma medida sacana, depois recua e sai de salvador da pátria. Dando marcha-a-ré desse jeito vai acabar em 1º de abril de 1964, fazendo ordem unida comandada por um sargento.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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