Aconteceu de novo: Bolsonaro se expressa mal e alega má interpretação da mídia

O Presidente parece que não tem embreagem, como os sapos. Dá um salto para a frente e logo a seguir uma marcha-a-ré nas suas afirmações. Foto de Marcos Corrêa.

O presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou nesta quinta-feira, 7, que a democracia e a liberdade só existem quando as Forças Armadas “assim o quiserem”. A declaração foi feita durante um curto discurso a militares na cerimônia dos 211 anos do Corpo de Fuzileiros Navais, no Rio de Janeiro.

Bolsonaro declarou ainda que a sua missão é governar ao lado “das pessoas de bem” e “que respeitam a família”. 

“A missão será cumprida ao lado das pessoas de bem do nosso Brasil, daqueles que amam a Pátria, daqueles que respeitam a família, daqueles que querem aproximação com países que tem ideologia semelhantes à nossa, daqueles que amam a democracia e a liberdade”.

Além dessas declarações, o presidente voltou a afirmar que os militares serão incluídos na Reforma da Previdência, proposta pelo governo federal. 

“Entraremos, sim, em uma nova Previdência, que atingirá os militares, mas não esqueceremos das especificidades de cada Força”, disse, referindo-se ao Exército, Marinha e Aeronáutica.

O presidente foi criticado pelos agentes do mercado e auxiliares sobre o seu engajamento na disseminação do projeto de aposentadoria pública, apresentado pela equipe econômica de Paulo Guedes duas semanas antes do carnaval.

Bolsonaro discursou por cinco minutos e não atendeu a imprensa após o evento.

(Com Estadão Conteúdo e Revista Veja)

Já está visto que os militares, os quais exercem forte influência no Executivo, Legislativo e Judiciário, vão ter que esperar dois anos pela saída – voluntária ou não – de Bolsonaro do Governo.

Se fizerem isso antes de 2 anos, terão que organizar nova eleição – com todos os riscos inerentes. Depois de 2 anos, Mourão assume, dentro do que é previsto em lei. 

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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