O que preferimos: as sombras da ditadura ou um insano no poder?

Foto: André Penner/AP

Por não ter capacidade de comando de uma unidade maior que um pelotão – em torno de 36 homens – a quarta parte de uma companhia de infantaria ou de um esquadrão de cavalaria, o tenente Jair Messias Bolsonaro perdeu-se completamente no comando do Governo.

Bolsonaro nunca chegou a comandar uma companhia dos orgulhosos paraquedistas: foi aposentado e promovido pela tal Lei da Praia, que dá um posto acima daquele que foi exercido na tropa.

O Presidento não conhece a liturgia do cargo, a metade dos seus ministros é de baixa extração – moralistas e conservadores – e, pior, está infiltrado por incompetentes a começar pelos raivosos herdeiros.

Ontem, ameaçou, embora desminta, com uma nova ditadura das Forças Armadas, cercado que está por mais de 100 militares de diversas patentes na máquina governamental.

Pois é de se meditar: o que preferimos? Uma ditadura cruenta como aquela pós AI-5 ou um maluco de carteirinha, crachá e camisa de força como Bolsonaro?

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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