
O fim de semana registrou uma escalada na tensão entre Olavo e um dos ministros militares do governo, o general Santos Cruz (Secretaria de Governo):
Após um período de silêncio no Twitter, o escritor publicou na 6ª feira (3.mai) a série de críticas às Forças Armadas. Chamou os militares de “cambada de filhos da puta”;
Questionado sobre as mensagens de Olavo, o general Santos Cruz disse no sábado ao Poder360 que o escritor é “um desocupado esquizofrênico”.
No domingo (5.mai), circulou pela internet uma entrevista de Santos Cruz em que ele defende uma revisão na regulação de mídias sociais. A hashtag #ForaSantosCruz ganhou tração no Twitter.

Na 2ª feira, Olavo segue no ataque: disse que não espalhou a hashtag e que Santos Cruz mente, acusando-o de fazê-lo.
Hoje o ex-comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, assessor especial do Gabinete de Segurança Institucional, chamou o escritor Olavo de Carvalho de “Trótski de direita”.
A frase é um novo desdobramento na rusga entre Olavo, considerado o mentor intelectual da gestão Bolsonaro, e os militares do governo.
O pecado do general Santos Cruz definitivamente não foi uma suposta proposta de controle das mídias sociais. Parece que barrar a nomeação de Léo Índio, primo-irmão de Carlos Bolsonaro à Secretaria de Comunicação da Presidência da República foi sua principal falha. Com isso, criou antipatias no núcleo duro dos malucos de plantão, entre eles o próprio presidente Jair Bolsonaro. Que está outorgando a Olavo de Carvalho a função de boca suja e agressor de outros membros do Governo.
Enquanto isso o País se afunda na estagnação econômica, no desemprego, na politicagem ideológica, no abandono à educação pública, à Saúde e à Segurança Pública institucional.
