Anúncio de Bolsonaro sobre Fórmula 1 no Rio de Janeiro não tem base fática

Novo autódromo tem apenas um pré-projeto.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou não ter participado da decisão de mudar de São Paulo para o Rio de Janeiro o Grande Prêmio (GP) do Brasil da Fórmula 1 (F1). Bolsonaro afirmou que não quer alimentar rivalidades entre Rio e São Paulo e que a mudança foi uma decisão dos responsáveis pela corrida.

Ontem (8), após um evento no Rio de Janeiro, ele anunciou a novidade.

Na verdade, tanto a Dorna – entidade organizadora do Moto GP – quanto a Liberty Midia – empresa detentora dos direitos da Fórmula 1 confirmaram um acordo prévio para a realização em 2020, 2021 ou ano posterior.

A Dorna informou que recebeu uma consulta de um consórcio do Rio de Janeiro, que alegava poder construir o autódromo em Deodoro até o final de 2020. A entidade respondeu que, depois de pronto, faria uma vistoria e veria a possibilidade de realizar uma corrida no Rio. A Liberty não se manifestou.

Especialistas acreditam que seja muito difícil entregar um autódromo com infraestrutura para o nível de competição da F1 e da Moto GP em apenas um ano e meio.

O governador João Doria (PSDB) disse nesta quinta-feira (9) que o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1 por contrato tem que ser realizado em São Paulo até 2020 e que governo e Prefeitura negociam uma renovação por mais dez anos.

Portanto o anúncio de Bolsonaro e do maluco do helicóptero, Witsel, não passa de espuma colorida. 

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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