
A Revista Veja relata sobre os pontos de atrito entre os militares e a tropa de choque de Bolsonaro:
É cada vez mais intenso o desconforto da ala militar do governo Jair Bolsonaro com a proximidade entre o presidente e Olavo de Carvalho. A reportagem de capa de VEJA desta semana aborda a crise palaciana que opõe os militares com posto no Palácio do Planalto ao guru da extrema direita, que ataca inimigos nas redes sociais. Bolsonaro dá sinais de que está do lado do polemista da Virgínia, considerado um “ícone” pela família presidencial.
VEJA conversou com um general que acompanhou de perto a crise e que pediu para ficar no anonimato para não atiçar os ânimos ainda mais.
Para ele, causa especial irritação entre os militares o fato de Bolsonaro continuar defendendo o guru. “Não dá para entender de onde vem essa deferência. Parece que o presidente é refém do Olavo”, diz.
Apesar disso, não está no horizonte dos militares e generais deixar o governo. Eles se sentem corresponsáveis pelo sucesso da atual gestão e uma eventual debandada. “Vamos continuar na trincheira para cumprir a nossa missão”, diz.
Os generais podem não entender e não acreditar na ousadia de Bolsonaro, dos filhotes mal educados e do desbocado Olavo de Carvalho, mas nós entendemos.
Bolsonaro quer se metamorfosear de Presidente Republicano em Soberano do Brasil.
Não tem vocação para articular com a legalidade, como não teve nos breves tempos de oficial do Exército. Os oficiais-generais no Governo, legalistas e nacionalistas, estão “de cara” com os atalhos preconizados por Bolsonaro e sua trupe.

Os militares estão como as forças alemãs na Segunda Guerra e as de Napoleão, avançando em terra arrasada. A história mostra que o desastre é o que os espera.
A loucura militarista e anti-esquerdista de muitos oficiais levou a que apoiassem um ex-oficial que na ativa já era problema. Não são inocentes, mas sim vítimas da própria estupidez.