Quem estaria por trás da quebra de sigilo de Flávio Bolsonaro?

O Tribunal de Justiça do Rio autorizou a quebra do sigilo bancário e fiscal do senador Flávio Bolsonaro, do PSL, e do ex-assessor dele Fabrício Queiroz.

A Justiça determinou a quebra do sigilo bancário de Flávio Bolsonaro de janeiro de 2007 a dezembro de 2018. Também serão quebrados os sigilos da mulher dele, Fernanda Antunes Figueira Bolsonaro, e da empresa dos dois, Bolsotini Chocolates e Café.

A Justiça autorizou ainda a quebra do sigilo fiscal dos investigados entre 2008 e 2018. A informação foi publicada nesta segunda-feira (13) pelo site do jornal “O Globo”.

A reportagem revela que a quebra de sigilo vale também para o ex-assessor Fabrício Queiroz, a mulher dele e as duas filhas. Todos trabalharam no gabinete de Flávio Bolsonaro quando ele era deputado estadual no Rio. Outros 88 ex-funcionários do gabinete, seus parentes e empresas relacionadas a eles também terão as informações bancárias desse período checadas.

Entre os investigados estão Danielle Nóbrega e Raimunda Magalhães, irmã e mãe do ex-PM Adriano Magalhães da Nóbrega. O Ministério Público do Rio cita Adriano como o homem-forte do “escritório do crime”, organização de milicianos suspeita de envolvimento no assassinato de Marielle Franco.

O ex-policial, hoje foragido, é acusado há mais de uma década de envolvimento em homicídios. Adriano da Nóbrega já foi homenageado por Flávio na Assembleia Legislativa do Rio.

A decisão da quebra dos sigilos é do juiz Flávio Nicolau. Segundo o jornal, o juiz afirmou que a medida é “importante para a instrução do procedimento criminal” instaurado contra os investigados.

A ordem judicial inclui os sigilos de três empresários de origem americana. Dois moram nos Estados Unidos. Glenn Howard Dillard, Paul Daniel Maitino e Charles Anthony Eldering são donos de duas empresas ligadas ao ramo imobiliário: a Linear Enterprises, com sede no Andaraí, Zona Norte da cidade; e a Realest, que fica no Centro do Rio.

Ninguém até agora sabe o que seria a tsunami anunciada por Bolsonaro. Seria a reação à quebra de sigilo; a reação às derrotas sofridas na Câmara dos Deputados; ou a reação aos militares que estão criticando o Presidente?

Jânio Quadros durou 7 meses na Presidência da República. Talvez um novo recorde esteja em vias de ser estabelecido.

O momento político da Nação é grave.

Avatar de Desconhecido

Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

Deixe um comentário