Empresário espanhol confirma propaganda eleitoral irregular de Bolsonaro em 2018

Bolsonaro e o “véio” da Havan: propaganda irregular e fake news.

Empresas brasileiras pagaram uma agência de marketing com sede na Espanha para fazer disparos de mensagens de Whatsapp a favor de Jair Bolsonaro, segundo reportagem da Folha de S.Paulo divulgada nesta terça-feira.

Áudios obtidos pelo jornal com uma fonte mantida em sigilo mostram Luis Novoa, diretor da espanhola Enviawhatsapps, afirmar que “empresas, açougues, lavadoras de carros e fábricas” do Brasil financiaram a compra de um software produzido por ele para disparar mensagens em massa durante a campanha.

Segundo a reportagem, não existem indícios de que Bolsonaro soubesse das ação, que podem configurar  crime eleitoral.

Pela manhã, o presidente comentou o conteúdo da reportagem em um evento em Brasília:

“Teve milhões de mensagens a favor da minha campanha e talvez alguns milhões contra também.”

Na ocasião, a Folhar evelou que empresas brasileiras fecharam contratos de até 12 milhões de reaispara financiar disparos em massa no WhatsApp, a principal rede usada na campanha pelos bolsonaristas.

Os destinatários eram usuários da base de dados da própria campanha de Bolsonaro ou de banco de dados vendidos por terceiros (esta segunda modalidade é proibida por lei). Um dos empresários suspeitos de compor o esquema, segundo o jornal, é Luciano Hang, dono da rede Havan.

Existem indícios de que apoiadores do PT usaram o mesmo expediente no WhatsApp. Conteúdo do jornal El País.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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