Cocaína apreendida no avião reserva da Presidência vale R$5,8 milhões.

Aeroporto de San Pablo, Sevilha, Espanha.

Um quilo de cocaína na Espanha, no atacado, vale U$38.600 (R$148 mil), o que tornaria a carga do sargento de 38 anos preso na alfândega sevilhana um tesouro de US$1,5 milhão,  ou R$5,8 milhões de reais.

Não é ação isolada de um sargentinho da Aeronáutica, como o flagrado. Tem gente cascuda por detrás desse crime. E não são traficantes de morro.

São aqueles cidadãos acima de qualquer suspeita, que nunca são presos e que mantém seus mulas sob rígido silêncio, pois a garantia de que isso vai acontecer é a tranquilidade de sua família, esposa, filhos, irmãos e pais.

Há 10 dias foram presos, em Florianópolis, o prefeito da cidade, dois delegados da Polícia Federal, um deles aposentado, um agente especial da Polícia Rodoviária Federal e um ex-secretário de governo de Santa Catarina. O crime de que eram acusados era o vazamento de informações sobre operações policiais. Um mega esquema.

De acordo com a investigação, servidores que atuavam em setores de inteligência vazavam informações para prejudicar operações policiais em curso. Em troca, eles recebiam vantagens financeiras.

Este é um exemplo prosaico de como se movimentam essas grandes organizações criminosas no País, que desconhecem a venda de pinos de cocaína por “aviões e vaporzinhos” do tráfico pesado.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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