
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL), recebeu um parecer jurídico do Senado, no mês passado, que negava qualquer restrição para exercer o cargo de embaixador do Brasil em Washington, nos Estados Unidos (EUA).
O parecer foi emitido pelo advogado-geral da Casa, Fernando César de Souza Cunha, em contradição à análise de consultoria técnica.
Em documentos públicos, Fernando aparece como sócio de Augusto Aras, indicado pelo chefe do Executivo para ocupar o lugar de Raquel Dodge na Procuradoria-Geral da República (PGR).
A informação foi divulgada pelo site O Antagonista e confirmada pelo Metrópoles.
O filho de Bolsonaro tem negado insistentemente que haja uma ligação entre o aval jurídico para assumir como embaixador e a indicação de Aras para o MPF. Os documentos revelam, porém, que há ao menos um ponto de conexão concreto entre o filho do presidente e o indicado à PGR por Jair Bolsonaro: Fernando Cunha.
Ruy Barbosa, o grande jurista e patrono do Senado Federal, deve ser, neste momento, uma das almas mais atormentadas de todas as galáxias.
A aprovação do Pistolinha será, sem sobra de dúvida ou resquício de maior intolerância ética, uma das maiores vergonhas da Câmara Alta do Legislativo.
