Senadora deixa PSL de Bolsonaro para votar a favor da CPI Lava Toga

Senadora Selma Arruda

A senadora Selma Arruda, gaúcha, 56 anos, magistrada no Tribunal de Justiça do Mato Grosso por 22 anos e eleita senadora por este Estado, anunciou esta semana que vai deixar o PSL depois de sofrer pressões do seu colega de bancada, Flávio Bolsonaro, para retirar a assinatura pela abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para análise da situação da Justiça no País.

A Senadora afirmou também que não foi só a pressão de Flávio, um deputado de milícias:

“O Governo está fazendo coisas com as quais não posso concordar, como uma das coisas mais cruéis que se está fazendo”

Selma é uma gaúcha decidida. Na sua atuação na magistratura mandou até um governador para a cadeia. Ouviu alguns insultos de Flávio e tomou a sua decisão: nesta segunda-feira assina ficha partidária do PODEMOS.

Bolsonaro perde apoiadores no Congresso como se perde água pelo vão dos dedos. Parece ser um processo irreversível.

CPI DA LAVA JATO

Por seu turno, a deputada Joyce Hasselmann chegou a dizer esta semana que muitos assinaram a lista da CPI da Lava Jato, com objetivo de investigar as decisões do ex-juiz Sérgio Moro, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região e procuradores da República, sem saber o que estavam assinando, um subterfúgio risível para quem conhece os macacos velhos do Congresso, que não costumam enfiar as mãos em cumbucas.

A CPI da Lava Jato conta, salvo alguma marcha-a-ré entre deputados do Centrão, com 175 assinaturas, de um número mínimo necessário de 171 parlamentares.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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