Governo resiste ao desenvolvimento da CPI das fake news.

Lídice da Mata (PSB-BA)

O Presidente da República, o seu partido, o PSL, os deputados e senadores mais chegados ao Planalto, resistem, com exagerada tenacidade, à ideia de uma Comissão Parlamentar de Inquérito sobre as chamadas fake news, notícias falsas geralmente impulsionadas por computadores robôs para os milhares de usuários das mídias sociais.

A deputado Lídice da Mata, escolhida como relatora da CPI, disse que se sente pressionada pelo Governo no desenvolvimento dos trabalhos:

“O presidente fala contra a CPI. Aliás, o presidente fala contra muita coisa nesse país. A tudo o que diz respeito a direitos, a dignidade, ele é um opositor. Não é a primeira vez que o governo faz confusão com fake news. Votamos recentemente uma legislação a respeito do crime de disseminar mentiras nas redes, e o filho do presidente, Eduardo Bolsonaro, atacou a posição da Câmara. Fica cada vez mais a suspeita de que há algo muito estranho no reino da Dinamarca, ou no reino do Brasil, na família monárquica, em que não se pode tratar do assunto fake news”, sugeriu a deputada.

A medida que a comissão avance, ela não descartou a possibilidade do segundo filho do presidente, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), ser convocado para depor. Até o momento, a única pessoa ligada à Presidência da República, convocada pela CPI, foi a assessora do Planalto, Rebecca Félix. Segundo Lídice, ela coordenou as mídias da campanha do presidente.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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