A educação violentada: Bolsonaro intervem em eleições nas universidades

De , do Intercept.

Durante um café com parlamentares da bancada evangélica no Palácio do Planalto, na manhã de 11 de julho, Jair Bolsonaro entregou o jogo: literalmente lamentou que, por lei, o presidente deva escolher e empossar reitores indicados pelas listas tríplices das instituições federais de ensino. Formadas pelos três candidatos mais votados em eleições dentro das universidades, as listas são uma maneira de garantir a autonomia universitária.

“Ali virou terra deles, eles é que mandam. Tanto é que as listas tríplices que chegam pra nós muitas vezes não temos como fugir, é do PT, do PCdoB ou do PSOL. Agora o que puder fugir, logicamente pode ter um voto só, mas nós estamos optando por essa pessoa”, declarou Bolsonaro, sinalizando a intenção de privilegiar candidatos alinhados a ele para ocupar as reitorias, independentemente das escolhas expressas pelas comunidades acadêmicas (professores, funcionários e alunos).

Embora Bolsonaro critique o aparelhamento das instituições por partidos de esquerda ou centro-esquerda, em governos anteriores os reitores empossados eram eleitos pelas próprias comunidades acadêmicas – e os presidentes apenas chancelavam o resultado dessas consultas internas, nomeando os primeiros colocados na lista. Essa tradição se repetiu por 15 anos – e foi rompida justamente pelo novo governo.

Até agora, Bolsonaro já fugiu à regra em metade das nomeações de reitores de universidades federais previstas para este ano – e em um Centro Federal de Educação Tecnológica, o Cefet, no Rio de Janeiro. Das 12 nomeações, ele escolheu reitores com poucos votos ou até mesmo fora da lista tríplice em seis delas. São as seguintes:

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Da trupe do Sargento Pimenta, poucos se salvam. Os filhos são estúpidos, os ministros são estúpidos, os apoiadores no Congresso – cada vez menos e mais comprados – são estúpidos.

Mas esse sinistro da Educação, cujas origens pouco se sabe, semi-analfabeto e fundamentalista, certamente é o pior deles.

Ignorante, orgulhoso da sua ignorância, canastrão e doutrinado por aquele velho estúpido que está auto-exilado nos Estados Unidos. A educação brasileira vai levar um longo tempo para se recuperar desse desastre orquestrado.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

Uma consideração sobre “A educação violentada: Bolsonaro intervem em eleições nas universidades”

  1. Elegemos o Bolsonaro exatamente pra isso! Acabar com o aparelhamento vermelho das Universidades.
    Basta ver a qualidade dos recém formados. Não sabem fazer uma regra de três simples.
    Não todos, alguns se salvam.

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