Mais quatro generais deixam Presidência da República

Bolsonaro e Santa Rosa, em foto de Alan Santos, da Presidência da República.

O influente general Maynard Marques de Santa Rosa, secretário de Assuntos Estratégicos do governo Bolsonaro, pediu demissão nesta segunda-feira. Com ele, saem outros três generais.

Pelo visto, uma ala dos militares está disconforme com o governo esquizo-paranoide delirante do Mito. E pode desequilibrar uma ação de confronto e fechamento do regime, que parece tão desejada por Bolsonaro e por seus filhos.

A secretaria comandada por Maynard estava sob a Secretaria-Geral da Presidência, comandada por Jorge de Oliveira.

Santa Rosa deixou o governo, após meses de desgaste com Oliveira, policial militar próximo da família Bolsonaro. Oliveira, major da PM do Distrito Federal, foi chefe de gabinete do deputado Eduardo Bolsonaro, o Zero Dois. O pai de Oliveira, por sua vez, foi chefe de gabinete do então deputado Jair Bolsonaro.

De acordo com um funcionário do Planalto, Oliveira boicotava sistematicamente o trabalho de Santa Rosa. “Aparentemente, o ministro queria provocar a saída do secretário, mas não tinha coragem de pedir a cabeça de um general preparado como ele”, afirmou o funcionário.

Semanas atrás, o agora ex-secretário pediu uma audiência com Jorge Oliveira e teve como resposta que seria atendido em 10 dias.

A gota d’água para o desligamento aconteceu na manhã de hoje, quando Oliveira chamou Santa Rosa para uma conversa de feedback de trabalho. O ministro afirmou que o desempenho da SAE estava abaixo do desejado. Depois de ouvir as considerações do ministro, Santa Rosa decidiu pedir demissão.

Em junho, o general Carlos Alberto dos Santos Cruz foi demitido da Secretaria-Geral de uma maneira pouco educada por Bolsonaro, depois de entrar em atritos com o astrólogo Olavo de Carvalho e com o Chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, além é claro com o bandão de filhotes irascíveis do Mito. 

Avatar de Desconhecido

Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

Deixe um comentário