Paulo Guedes pode fazer o que quiser, mas tem que imaginar as consequências.

Entre as maldades do Plano Paulo Pinochet Guedes que não vão passar no Congresso estão a anulação da emancipação de pequenos municípios e a desvinculação dos percentuais fixos da Saúde e da Educação.

Se os entes federativos pensarem que vão investir menos em saúde e educação, podem se preparar para sérios distúrbios sociais, principalmente nas famigeradas UPAs e hospitais públicos.

A elasticidade do tecido social no que diz respeito à Saúde está por um fio. E destruir de maneira mais acelerada os serviços públicos universais de educação e saúde, redirecionando recursos para o pagamento de juros da dívida, não é uma boa saída política.

Guilherme Mello, professor de economia do IE-UNICAMP, afirma:

“Guedes e Bolsonaro tem exatamente isso em comum. Ambos sentem saudades do AI-5, cada um a sua forma. O mais assustador é ter gente que acha que AI-5 nos direitos políticos não pode, mas na economia “é o preço a se pagar pela estabilidade”.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

2 comentários em “Paulo Guedes pode fazer o que quiser, mas tem que imaginar as consequências.”

  1. No pacote existe de fato um AI-5 político. Querem cassar os direitos políticos dos servidores concursados e transformá-los em párias, o que vem sendo feito passo a passo, com aplausos de muitos na imprensa e sociedade.
    O fim da estabilidade é o sonho dourado da maioria dos políticos que assim garantirão mais vagas para seus cabos eleitorais e eleições mais fáceis para eles, familiares e aliados. Assistimos isso todas as eleições, na maioria das prefeituras da região, onde esses cabos eleitorais em sua maioria têm fidelidade ao chefe que lhe arrumou o empreguinho e não com a sociedade.
    Troca o prefeito, os cabos eleitorais dos que perdem vão embora e os do que venceram assumem as vagas, e segue aquilo que todos estão cansados de assistirem nas prefeituras da região. Se alguém acha que isso é o padrão de qualidade que se deseja, em breve, teremos isso em todas as esferas, então, o que já era ruim se tornará muito pior.]

  2. A estabilidade do Servidor Público criou uma casta de preguiçosos que acham seres superiores. Se fossem trabalhar na iniciativa privada, não ganhariam o que ganham, cheios de privilégios, se acham…

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