Caso das terras griladas de Formosa. Grileiros aderem às notícias e sites falsos.

Grupos ligados a José Valter Dias usam sites fraudulentos para divulgar fake news contra STF, CNJ e agricultores.

Depois que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) anulou a portaria que transferia 366 mil hectares de terra, no Oeste da Bahia, a um homem só, grupos derrotados no processo passaram a divulgar fake news na internet com graves acusações envolvendo agricultores e o próprio Judiciário.

As fake news estão sendo divulgadas em sites que se identificam, falsamente, como parceiros de portais noticiosos como IG e Uol, e inclusive usam as logomarcas desses portais sem autorização deles. Os sites estão hospedados nos Estados Unidos. IG e UoL informaram que não mantêm qualquer tipo de parceria com esses sites fraudulentos.

Um dos alvos de fake news é o próprio Supremo Tribunal Federal (STF), que confirmou a validade da decisão do CNJ que tirou das mãos de José Valter Dias uma área equivalente a cinco vezes a cidade de Salvador, devolvendo as terras a cerca de 300 agricultores. Os textos também fazem acusações falsas contra o CNJ e uma conselheira do órgão, além de pessoas físicas e jurídicas.
O uso de fake news e acusações mentirosas têm o objetivo de atrapalhar o andamento do processo e configuram, juridicamente, crime de difamação.

ENTENDA O CASO

Em 2015, o Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA) editou uma portaria administrativa que, do dia para a noite, transferia 366 mil hectares de terra a um homem só – o borracheiro José Valter Dias. As terras equivalem ao tamanho de cinco vezes a cidade de Salvador.

A portaria prejudicou cerca de 300 agricultores, que ocupam a região desde a década de 1980.

Em março de 2019, o CNJ anulou a portaria. Em seguida, o STF rejeitou recurso de José Valter Dias, confirmando a validade da decisão do conselho.

Porém, grupos vinculados a José Valter Dias se recusam a cumprir a ordem do CNJ e passaram a disseminar notícias falsas envolvendo o Poder Judiciário.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

Uma consideração sobre “Caso das terras griladas de Formosa. Grileiros aderem às notícias e sites falsos.”

  1. Em briga de Bolsominions, a verdade é artigo raro e de luxo.
    Quem sabe o STF não resolva entrar nessa briga e decidir o que deve ser decidido e punir quem deve ser punido.

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