Governo minimiza impacto dos subsídios às igrejas na conta de energia

O presidente da república, Jair Bolsonaro, durante visita ao Templo de Salomão.

O ministro de Minas e Energia (MME), Bento Albuquerque, afirmou que caso o governo venha a subsidiar a conta de luz dos templos religiosos, o impacto seria “insignificante” para o contribuinte. Nas contas do ministro, a população brasileira teria que pagar “apenas” R$ 30 milhões ao ano.

“Analisamos isso no âmbito do Ministério de Minas e Energia para verificar o quanto isso poderia impactar na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e verificou-se que, em termos de valores, são valores quase que insignificantes. Valor da ordem anual de R$ 30 milhões, numa conta de R$ 22 bilhões, praticamente mínimo”, afirmou o ministro em entrevista à Reuters.

Bento disse ainda que a medida visa atender a maioria da população brasileira. “O pleito é de todos os templos, de todos os segmentos religiosos… 92% da população brasileira, de acordo com as pesquisas, o último censo, tem alguma prática religiosa. E o governo é sensível a isso, que vai atender à maioria total da população”, disse à agência de notícias.

O subsídio, porém, seria apenas para os grandes templos. Ou seja, religiões que não têm templos grandiosos estariam de fora. As principais beneficiadas seriam as igrejas evangélicas e católicas.

O fundamentalismo (de fachada) do Governo Bolsonaro é de uma sensibilidade semelhante àquela de um rinoceronte fazendo compras numa loja de cristais.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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