De Jairo Costa Júnior, na Coluna Satélite do Correio.
Investigadores da Lava Jato e a equipe da Operação Faroeste, deflagrada pela Polícia Federal para apurar suspeita da existência de um esquema de grilagem por meio da venda de sentenças no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ), iniciaram troca de informações sobre uma denúncia envolvendo o senador Jaques Wagner (PT), oferecida em 2016 ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
O caso tem origem na delação feita à Lava Jato pelo empresário Marcelo Odebrecht e outros cinco ex-executivos da construtora sobre suposta propina de US$ 12 milhões para a campanha à reeleição do então governador do estado em 2010, além de um relógio Rolex avaliado em US$ 20 mil, como contrapartida pela concessão de benefícios fiscais ao grupo.
Fio da suspeita
O interesse da Lava Jato se deu com a descoberta de que, após o ministro do STF Edson Fachin determinar a remessa da investigação contra Wagner para o TJ em junho de 2017, a então presidente da Corte, desembargadora Maria do Socorro Barreto Santiago, presa pela Faroeste, só enviou o caso para o MP da Bahia em janeiro de 2018.
No início de abril, a investigação foi arquivada pelo MP. Agora, a Lava Jato quer reabri-la.