Justiça impede a cremação do corpo do miliciano morto na Bahia.

A juíza Maria Izabel Pena Pieranti, da 16ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, decidiu proibir a cremação do miliciano Adriano Nóbrega, 43 anos. As circunstâncias da morte do ex-capitão do BOPE ainda não estão totalmente esclarecidas.

A cremação estava marcada para as 10 horas da manhã desta quarta-feira.

A Magistrada afirma “que não se encontram preenchidos os requisitos previstos na Lei de Registros Públicos (lei 6.075/1973)”.

Segundo a juíza, não constam no pedido documentos imprescindíveis para a cremação, como a cópia da Guia de Remoção de Cadáver e o Registro de Ocorrência.

A proibição da juíza para a cremação vai permitir a confirmação da causa da morte do ex-policial e miliciano. A intenção de familiares era a de que ele fosse cremado – o que impossibilitaria qualquer autópsia futura.

Nóbrega estava foragido há mais de um ano ao ser alvo de mandado de prisão expedido em janeiro de 2019.

A Secretaria de Segurança Pública da Bahia informou que o ex-capitão do Bope passou a ser monitorado por equipes do órgão a partir de informações de que ele teria buscado esconderijo na Bahia.

O senador Flávio Bolsonaro, que empregou a mãe e a esposa do miliciano em seu gabinete, quando deputado estadual do Rio de Janeiro e homenageou o ex-Capitão por duas vezes na Assembleia, uma delas com a medalha Tiradentes, a condecoração de maior importância no Estado, protestou contra a cremação, ainda pela manhã:

 

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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