Prefeitos se reúnem em Barreiras para analisar crise do Coronavírus

Na cidade de Barra, três pacientes com doenças respiratórias estão internados em estado grave, dois deles entubados. A suspeita é de H1N1. Em Irecê, no mínimo três pacientes são suspeitos de contaminação pelo Coronavírus. Em Porto Seguro, Feira de Santana e Salvador já são 12 os casos confirmados. Lentamente, como aconteceu em outros estados brasileiros e países da Europa, Ásia e América do Norte, os casos de COVID-19 vão aumentando.

Amanhã, os prefeitos dos municípios filiados ao CONSID estarão reunidos em Barreiras para decidir quais medidas tomar diante da pandemia.

Quando chegaremos ao pico da contaminação, ainda não se sabe. Mas um breve exercício de matemática nos dá uma ideia de quanto a situação pode ser grave. A cidade de Barreiras, por exemplo, tem perto de 170 mil habitantes. A taxa média de contaminação é de 30%. No entanto, vamos reduzir pela metade – 15% –  e teremos perto de 25 mil casos. Desses, 3% (750)  são casos graves, em velhos e crianças, exigindo internamento e entubamento por 10 dias.

Como Barreiras dispõe de pouco mais de 100 leitos, teríamos 650 pessoas sem atendimento, à espera da morte em casa. Se projetarmos isso para toda a região de influência do Vale do Rio Grande, as mortes podem superar fácil a casa de 2.000 pessoas. E teremos, como na Itália, cadáveres insepultos e a completa desorganização da região.

Avatar de Desconhecido

Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

Deixe um comentário