Uma sexta-feira trágica na economia, com dólar a R$6,91.

O principal índice da bolsa paulista encerrou esta sexta-feira (24) em forte queda, após o ministro da Justiça Sergio Moro pedir demissão do governo acusando o presidente Jair Bolsonaro de interferência na Polícia Federal.

A agitação política acabou gerando incertezas sobre o futuro do país, que já enfrenta a crise do coronavírus. A pressão sobre investidores também fez o dólar disparar: após bater R$ 6,91 em algumas casas de câmbio e R$ 5,72 na cotação nominal, moeda fechou o dia avaliada em R$ 5,65 – alta de 2,33%.

Após ter flertado com um mais um circuit breaker – ferramenta que paralisa negócios na Bolsa se queda ultrapassar os 10% -, o Ibovespa de recuperou parcialmente, mas não o bastante para evitar uma derrocada de 5,45%, a 75.330 pontos.

O volume financeiro ao fim do dia somava R$ 37,7 bilhões.

Com o desempenho desta sexta-feira, o índice volta a ter uma semana negativa, após registrar alta nas duas anteriores.

O desempenho desta sessão só não foi pior devido à influência positiva das bolsas internacionais. Em Wall Street, o índice S&P 500 subiu 1,39%.

Paulo Guedes, ministro da Economia, visto com bons olhos pelo mercado, cancelou seus compromissos desta sexta-feira, diante das tensões políticas envolvendo o governo e acendeu mais um alerta no mercado.

Fontes da equipe econômica informaram à Reuters que a saída de Moro dificulta o caminho da agenda econômica de Guedes, que já passava por um momento delicado por conta das pressões por gastos com o coronavírus.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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