Em 10 dias Barreiras aumenta em 1.300% os casos de COVID

O quadro informativo acima deixa claro, que quando tínhamos apenas 2 contaminados há 10 dias, hoje temos 26. Resultado da aceleração dos testes proporcionada pelo Laboratório da UFOB.

Ao par disso, a medida de só internar no Hospital do Oeste pacientes regulados pelo SAMU pode ser um grave precedente. Pacientes com doenças comuns estão perdendo terreno, como foi o caso, ontem, de dois pacientes diabéticos que chegaram com gangrena nos pés e não tinha sido atendidos até a meia-noite de ontem.

Por outro lado, mais grave ainda, a pediatria do HO também foi fechada e as crianças encaminhadas para a UPA, com atendimento conjunto com adultos, invariavelmente contaminados pelo Corona.

Os postinhos, PSF, fechados; o Eurico Dutra com atendimento especializado em Coronavírus; o Emily fechado; a UPA superlotada, a Policlínica, onde está um tomógrafo quase sem uso, importante inclusive para o diagnóstico do Corona, também fechada. A situação se agrava.

Nem o prefeito de Barreiras, Zito Barbosa, parece entender que o agravamento, inclusive das decisões do Governo do Estado, vão cair em seu colo.

Agora voltando ao Corona: existem 272 casos em monitoramento. A pesquisa UFPel-IBOPE ainda não foi concluída, mas em Manaus encontraram 20 vezes mais contaminados que o indicado.

No Rio Grande do Sul, com a pesquisa concluída há dias, foram encontrados 9 vezes o número de contaminados.  Quer dizer: temos, seguindo o padrão, entre 2.500 e 5.400 contaminados. Uma base de contaminação de alto calibre.

Vamos ver o que vem por aí. Com essa base dá pra contaminar toda Barreiras e cidades vizinhas em mais 15 dias. Com taxa de gravidade de 0,5% teremos alguma coisa como 500 pessoas precisando de UTI durante o mês de junho. Vamos abrigá-los onde, que mal pergunte?

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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