“Não é o Estado que fiscaliza a imprensa, é a imprensa que fiscaliza o Estado”. Carlos Ayres Britto
Brasil ultrapassa 1 milhão de contaminados. Número pode ser até 7 vezes maior segundo pesquisa.
15 de junho – Vista aérea do cemitério Parque Taruma, em meio ao surto de coronavírus (COVID-19), em Manaus — Foto: Bruno Kelly/Reuters
Brasil tem mais de 1 milhão de casos confirmados de coronavírus, aponta consórcio de veículos de imprensa. Região Norte apresenta tendência decrescente, mas Centro-Oeste está com curva em ascensão. Vírus está se espalhando no interior do país e dá sinais de ‘platô’ em metrópoles do Sudeste. Especialistas avaliam que é cedo para comemorar. Levantamento de consórcio de veículos de imprensa aponta que país tem 48.427 mortes.
O consórcio divulgou na quinta (18), às 20h, o 11º balanço, com os dados mais atualizados das secretarias estaduais naquele momento. Desde então, AC, CE, DF, GO, MT, MS, MG, PE, RN, RR, SP e TO divulgaram novos dados.
(Na quinta, 18, às 20h, o balanço indicou: 47.869 mortes, 1.204 em 24 horas; e 983.359 casos confirmados).
Os dados foram obtidos após uma parceria inédita entre G1, O Globo, Extra, O Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo e UOL, que passaram a trabalhar de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 estados e no Distrito Federal.
Mesmo que sejam números altos de casos e mortes, eles estão subnotificados. O Brasil ainda faz “brutalmente” menos testes para detectar a doença do que deveria: são tão poucos RT- PCR (exames laboratoriais ideais para diagnosticar a Covid-19) que o número de casos confirmados muitas vezes é secundário para cientistas que analisam a evolução da pandemia.
“O Brasil está testando brutalmente menos do que deveria. Na melhor das hipóteses, 20 vezes menos do que é considerado adequado”, afirmou ao G1 Daniel Lahr, professor do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP).
Nordeste
Ricardo Lustosa, professor do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (UFBA), explica que, com a estação em que há maior incidência de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) no Nordeste, o temor é que a população se torne mais vulnerável ao coronavírus.
“É um período que deve ser visto com preocupação, porque temos uma parcela maior da população que tem o sistema respiratório fragilizado e pode ficar mais suscetível” – Ricardo Lustosa, professor da UFBA
Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril
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