
O ministro Gilmar Mendes se reuniu recentemente com o comandante do Exército, general Edson Pujol. Oficialmente, o encontro era para entregar a nova edição do livro do magistrado, Curso de Direito Constitucional, mas na conversa o ministro aproveitou a oportunidade para tentar desfazer a interpretação corrente, em boa parte estimulada pelos generais que ocupam assento no Palácio do Planalto – Walter Braga Netto (Casa Civil), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) – de que há um complô em curso para enfraquecer politicamente o presidente.
A conspirata, segundo bolsonaristas, incluiria o governador de São Paulo, João Dória (PSDB), o presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM) e o ministro do STF Alexandre de Moraes, autor das decisões judiciais que mais têm desagradado ao Palácio do Planalto. O próprio Gilmar Mendes, que foi atacado em uma rede social pelo vereador Carlos Bolsonaro após criticar o presidente por ter estimulado cidadãos a fiscalizar hospitais e UTIs durante a pandemia, passou a ser listado no rol de persona non grata.
O ministro, porém, acabou ouvindo o que não queria. Segundo interlocutores que conversaram com o magistrado, Pujol se alinhou à interpretação da caserna de que o Judiciário tem extrapolado em suas funções.
Mesmo entre os militares considerados mais “institucionais” e avessos ao mundo político, como o comandante do Exército, não foram bem assimiladas decisões de Moraes como a que vetou o nome de Alexandre Ramagem para a diretoria-geral da Polícia Federal.
A ordem judicial que mais impressionou os fardados, no entanto, foi a decisão do STF que impediu o presidente de decidir sobre políticas relacionadas ao novo coronavírus.
Da revista Veja online, editada.

O tal general deveria entào ler o livro que trata de Direito Constitucional para entender o que significa federação, entào entenderá porque o presidente não pode tudo. E se estudar um pouco mais entenderá que quanto mais forte for uma federação mais força terá os governadores dos estados e menor será a força do presidente.
E se deixar um pouco de lado a ladainha militar conseguirá finalmente descobrir que lá na matriz, na federação de estados conhecida como Estados Unidos, o Judiciário também reafirmou os poderes do entes estaduais no enfrentamento à pandemia, e nào se escutou mimimi dos generais americanos, no máximo ficou só a raivinha do presidente alaranjado deles.