Apesar do contrato milionário da Prefeitura com os patrões, garis de Luís Eduardo iniciam paralisação.

Qualidade do serviço de limpeza pública oferecida não justifica o custo diário de R$ 34 mil e, de acordo com garis, faltam equipes de trabalho.

A Prefeitura de Luís Eduardo Magalhães homologou no último dia 09 de junho o Contrato nº 063/2020 para prestação de serviço de limpeza pública no valor de R$ 12.584.000 (doze milhões, quinhentos e oitenta e quatro mil reais). O contrato foi publicado na Edição nº 1929 do Diário Oficial do Município.

Apesar do valor de mais de R$ 34 mil por dia, os garis contratados pela MM Consultoria Construções e Serviços Ltda, decidiram pela paralisação dos serviços de limpeza pública por não terem sido atendidos em suas reivindicações de aumento do número de equipes por setor, aumento de salário e vale-compra para o período da pandemia.

“Nós estamos exigindo um prazo e até agora não deram resposta de nada. (…) Esse prazo vai até amanhã, quarta-feira. Se não derem resposta nós vamos parar geral” diz Maicon, gari coletor, durante entrevista à rádio local.

Foto: reportagem da Rádio Cultura FM.

Quando perguntado se a categoria estava recebimento de ajuda jurídica, o Maicon foi enfático.

“Nós não temos ajuda de ninguém. A gente só tem ajuda lá de cima. De papai do céu. O resto é a cara e a coragem. É disposição, né? Por que já tem cinco anos que estamos nesse sofrimento, né? E até agora não mudou”, concluiu gari coletor.

O alto custo com a limpeza pública, não condiz com o aspecto da cidade. Para muitos o serviço, que é totalmente ineficiente, não justifica o gasto de cerca de R$ 34 mil por dia.

Valores crescem a cada novo contrato
No primeiro ano de mandato do prefeito Oziel Oliveira com a MM Consultoria, em 2017, o valor foi de R$ 8.330.761,25. Em 2018 o valor subiu 40%, indo para R$ 11.862.525,38. Em 2019 o valor do contrato foi para R$ 12.160.805,82. Agora em 2020 o valor foi para R$ 12.584.000.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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