Roger lança projeto para publicar 50 livros de autores negros e indígenas.

Um grande atleta e agora treinador, consciente da história da raça.

Técnico do Bahia é o mecenas da negritude e da luta antirracista.

Por Demétrio Vecchioli, no UOL.

Uma das principais vozes do movimento negro no futebol brasileiro, o técnico do Bahia, Roger Machado, gaúcho, 45 anos, quer promover a negritude e a luta antirracista para muito além do esporte.

O treinador é o mecenas de um projeto que pretende lançar 50 livros de autores negros e indígenas nos próximos cinco anos e, quem sabe, se tornar uma editora no futuro. Já em 2020 serão publicados 10 livros da coleção Diálogos da Diáspora que, graças ao financiamento do Projeto Canela Preta, de Roger, chegarão ao mercado com preço acessível para a parcela mais carente da população, formada em sua maioria por negros.

“Quando minhas filhas eram pequenas, eu procurava livros para elas, de literatura infanto-juvenil, com autores e personagens negros, e tinha dificuldade de encontrar. Essa inquietação cresceu quando li o livro da Chimamanda Adichie que fala do perigo da história única, como é prejudicial o país quando a história é contata só por um lado, o lado que detém os meios da produção do conhecimento”, conta Roger.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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