Na Assembleia da ONU, Bolsonaro culpa índios pelo incêndio das matas.

Em discurso gravado para a Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), transmitido nesta terça-feira (22), Jair Bolsonaro voltou a culpar índios pelas queimadas e citou uma “campanha brutal” contra a política ambiental do seu governo.

“Índios queimam em busca de sobrevivência. Focos criminosos são combatidos com crime ambiental”.

Também afirmou que, em 2019, o Brasil “foi vítima de um criminoso derramamento de óleo venezuelano, acarretando sérios prejuízos na atividade de pesca e turismo”.

Imagem de arquivo. Bolsonaro enviou o seu discurso gravado à ONU.

“Somos vítimas brutais de campanhas de desinformação”, disse ele, acrescentando que há “campanha ancorada em interesses escusos”.

Com o País batendo recordes de queimadas, ele voltou a exaltar o agronegócio. “A produção rural não parou. O homem do campo produziu como sempre” afirmou.

Segundo Bolsonaro, o Brasil produz alimentos para mais de 1 bilhão de pessoas. “O agronegócio segue pujando e respeitando a melhor legislação ambiental do planeta”, continuou. “O mundo depende do Brasil para se alimentar. Nossa floresta é úmida e não permite a propagação do fogo”.

Bolsonaro também disse que o Brasil “vem sendo referência internacional no campo dos direitos humanos”. Ele citou a operação de acolhida dos venezuelanos e falou em paz, cooperação internacional e respeito aos direitos humanos como três pilares do seu governo.

Covid-19

“Alertei em meu país que tínhamos dois problemas: vírus e emprego. Ambos devem ser tratados simultaneamente”, disse. “Todas as medidas de isolamento foram delegadas a cada um dos 27 governadores”, afirmou.

De acordo com Bolsonaro, uma parcela da “imprensa politizou o vírus disseminando o pânico”. “Sob o lema ‘fique em casa’, quase trouxeram o caos social ao País”. “O nosso governo implementou medidas econômicas que evitaram o mal maior”, complementou.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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