Brasil pode ter 203 mil mortes por Covid-19 conforme as investigações médicas

Da Carta Campinas

O Brasil encerra a sexta-feira com 708 mortos por covid-19, de acordo com dados oficiais do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass).

Desde o início da pandemia, em março, são 145.388 vidas brasileiras ceifadas pela doença provocada pelo novo coronavírus. Entretanto, esse número deve ser muito maior, de acordo com o epidemiologista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Jesem Orellana.

Isso porque existe uma grande subnotificação de casos e mortos no país. O Brasil é um dos integrantes da comunidade internacional que menos testa para a covid-19: menos de 9% da população, de acordo com dados do IBGE.

Jesem explica que a cifra de 200 mil é facilmente defendida a partir de dados que envolvem mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) não especificadas. Ou seja, mortes em excesso sem confirmação do agente causador.

“Além do montante oficial de mortes, até o dia 21 de setembro, o Brasil acumulava em torno de 56 mil mortes por SRAG não especificada e, ao menos, 2 mil mortes sob investigação. E que, portanto, podem ter sido causadas pelo novo coronavírus”, explicou.

“O caso é que, somando mortes especificadas por covid-19 com mortes por SRAG e mais mortes em investigação hoje, o Brasil tem mais de 203 mil mortes atribuíveis à pandemia”, completou.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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