A Europa de joelhos, de novo, com o recrudescimento da Pandemia.

Da AFP

Retorno do confinamento na Áustria, confinamento parcial na Grécia, um possível toque de recolher na Itália e testes em larga escala na Inglaterra. Os países europeus intensificam as restrições para tentar frear a alarmante segunda onda da pandemia.

O novo coronavírus infectou quase 47 milhões de pessoas em todo o mundo e provocou 1,2 milhão de mortes, de acordo com um balanço da AFP baseado em números oficiais, que são inferiores aos reais.

Quase 20% das mortes aconteceram nos Estados Unidos, o país mais afetado, com mais de 231.000 vítimas fatais. A pandemia foi um dos temas cruciais da campanha para as eleições presidenciais, que acontecem nesta terça-feira (3).

América Latina e Caribe continuam como a região mais afetada, com 403.000 óbitos e 11 milhões de casos registrados, mas a pandemia parece ter desacelerado nas últimas semanas.

A Europa é atualmente a região em que o vírus avança mais rápido, o que obriga os governos a buscar a maneira mais apropriada de limitar contatos e frear as infecções.

Uma operação complicada de equilíbrio, porque os governos não desejam prejudicar a atividade econômica nem aumentar o descontentamento social, que já provocou manifestações contra os confinamentos em diversos países.

– Confinamento e atentado em Viena –

Na Áustria, um novo confinamento começou nesta terça-feira e deve prosseguir até o fim de novembro. Poucas horas antes da entrada em vigor, um ataque terrorista provocou pânico em Viena na segunda-feira à noite e deixou pelo menos quatro mortos.

Na Grécia, Atenas e as regiões do país que registram mais infecções retomam o confinamento nesta terça-feira, uma decisão que enfrenta a impotência e críticas de vários setores, começando pelos proprietários de restaurantes e bares.

“Os restaurantes são o último lugar em que o vírus pode se propagar porque respeitam as distâncias e as medidas de segurança”, declarou à AFP Maria Maniaki, funcionária de um bar no bairro de Monasteraki, em Atenas. “Nos transportes públicos e nas igrejas não respeitam. Deveriam ser fechados”, completou.

Na Alemanha, a chanceler Angela Merkel pediu aos cidadãos que respeitem as regras para frear os recordes diários de contágios.

“Está nas mãos de cada um que este mês de novembro seja um sucesso comum”, afirmou a chefe de Governo, antes de advertir que as festas de Natal serão muito restritas.

– Testes em massa em Liverpool –

Na Inglaterra, a cidade de Liverpool, uma das mais afetadas pela covid-19 no norte da Inglaterra, pretende iniciar um programa de testes em larga escala que pode ser ampliado para o restante do país, anunciou o governo britânico nesta terça-feira.

A partir de sexta-feira, mais de 500.000 pessoas que vivem ou trabalham na cidade terão a possibilidade de fazer um teste de resultado rápido com frequência.

A gigantesca operação começará um dia depois do início do segundo confinamento em toda Inglaterra, com duração prevista de quatro semanas e anunciado no sábado pelo primeiro-ministro Boris Johnson.

“Os testes ajudarão a identificar as milhares de pessoas na cidade que não têm sintomas, mas que podem infectar outras sem saber”, anunciou Johnson em um comunicado.

A Itália deve anunciar nas próximas horas as condições de um toque de recolher noturno nacional, além de outras restrições para viagens. O país fechou cinemas, teatros, academias e piscinas. Bares e restaurantes não podem receber clientes depois das 18H00.

“Sigamos unidos neste momento dramático”, pediu na segunda-feira o primeiro-ministro Giuseppe Conte, depois que manifestantes contrários às medidas enfrentaram a polícia em Roma no fim de semana.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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