Bolsonaro demite Ministro do Turismo. O sanfoneiro macabro deve assumir o cargo.

A demissão do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, foi efetivada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nesta quarta-feira (9) e deve ser publicada em Diário Oficial. A confirmação foi publicada pelos jornalistas Igor Gadelha, da CNN, e Cézar Feitosa, d’O Antagonista. Bolsonaro se reuniu com Antônio na tarde desta quarta-feira no Palácio do Planalto, quando anunciou sua demissão.

Antônio tinha sido poupado por Bolsonaro ao longo desses quase dois anos de governo, mesmo após as acusações de que teria comandado, nas eleições de 2018, um esquema em que usava candidaturas femininas para desviar dinheiro do fundo partidário no PSL, caso que ficou conhecido como “laranjal do PSL”.

O estopim para a demissão foi uma mensagem que Antônio teria mandado no grupo de Whatsapp do governo, em que ele acusa ministro-chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, de conspirar para tirá-lo do cargo.

Na mensagem, o até então titular do Turismo chama Ramos de “traíra” e diz que general esconde de Bolsonaro o “ALTÍSSIMO PREÇO (sic)” que o governo tem pago por “aprovações insignificantes” no Congresso. As negociações no Parlamento são tarefa de Ramos, amigo há décadas de Bolsonaro.

“Não me admira o Sr Ministro Ramos ir ao PR pedir minha cabeça, a entrega do Ministério do Turismo ao Centrão para obter êxito na eleição da Câmara dos Deputados”, diz um trecho da mensagem, obtida pela CNN.

Para o lugar de Marcelo Álvaro Antônio, o mais cotado é o presidente da Embratur, Gilson Machado Neto.

O auxiliar ficou conhecido em redes sociais como “sanfoneiro do Planalto”. Isso porque, durante uma das lives semanais de Bolsonaro em junho, ele tocou a música “Ave Maria” em uma sanfona, a pedido do presidente, como forma de homenagear as vítimas da Covid.

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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