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Ana Paula da Silva Matos, uma baiana de 35 anos que tentava ganhar a vida em São Paulo, foi assassinada ontem na região do Brás, em São Paulo, com dois tiros.
O que chamou mais a atenção neste crime foi a tranquilidade do assassino. Vestindo máscara, ele está encostado em um poste.
A Câmera mostra que ele aguarda a vítima, que provavelmente não o conhece, pois caminhava pela calçada sem reparar no algoz.
Quando ela chega bem perto, ele faz o disparo. E sai de bicicleta, tranquilamente, numa rua que é movimentada.
Outro homem o acompanha de bicicleta.
O crime choca por parecer algo banal. Como se o assassinato fizesse parte da rotina da cidade. Assim como, naquela região, locutores anunciam ofertas, atrás do poste tem um homem armado à espera da vítima.
A morte de Ana Paula tem tudo para se transformar em mais um caso não esclarecido pela polícia.
Ela era pobre.
Segundo o Instituto Sou da Paz, seis em cada dez homicídios na cidade de São Paulo não são esclarecidos, a esmagadora maioria das vítimas dessa impunidade é um rosto na multidão, sem sobrenome famoso, nem dinheiro no banco.
A vida em São Paulo, sob certo sentido, está em liquidação. Só não há mais crime porque, na região dominado pelo tráfico, o assassinato só é permitido quando autorizado pelo tribunal do crime.
Autor: jornaloexpresso
Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril
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