Pêndulo do La Niña deve apontar para o Nordeste em fevereiro

Uma simulação americana atualizada em 25 de janeiro mostra bem o padrão com uma primeira quinzena de fevereiro ainda com chuva forte sobre a região Sul, mas também com aumento da precipitação sobre São Paulo, Rio de Janeiro e sul de Minas Gerais por conta do rompimento do bloqueio atmosférico e chegada de uma frente fria ao Sudeste.

Já na segunda quinzena de fevereiro, a chuva forte toma conta de todo o Nordeste, além do Norte e dos estados de Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e Espírito Santo. No Sul e em partes de São Paulo e de Mato Grosso do Sul, a chuva enfraquece consideravelmente. E a partir daí, a chuva permanecerá mais ao norte, aumentando o risco de estiagens sobretudo na fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai.

Esse padrão mais tardio de chuva no Nordeste não é novidade.

No La Niña de 2008, a precipitação acima da média foi observada mais para perto do fim do período úmido.

E a variação intrassazonal também já pôde ser vista com El Niño. No fenômeno de 2016, por exemplo, choveu intensamente sobre o Nordeste em janeiro, enquanto a Região Sul passou por um período mais seco.

Em termos de desvios de precipitação, a simulação americana ainda indica chuva acima da média sobre a região Sul e abaixo da média na maior parte do centro e norte do país.

“Somente é importante não tomar a informação como algo que será permanente, ou seja, não choverá forte o tempo todo sobre o Sul, enquanto o Nordeste terá mais um mês completo quase sem precipitação, não é assim que funciona”, diz Celso Oliveira, meteorologista da Somar.

A temperatura não será tão elevada no Sul, especialmente no Rio Grande do Sul, por conta da chuva mais frequente na primeira quinzena e pelo avanço de ondas de frio mais fortes na segunda metade do mês. Por outro lado, a temperatura vai permanecer mais elevada que o normal no Sudeste e Centro-Oeste, embora o calor deva diminuir com o passar do mês.

Do Canal Rural

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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