As privatizações, o entreguismo e a falta de noção sobre a soberania e o futuro próximo do País.

O Soberano do Brasil deixou hoje o trono e foi ao Congresso levar a proposta de privatização dos Correios. Alguns grandes veículos de comunicação dizem que os Correios só deixam prejuízos ao Governo. Mas no último ano o resultado positivo foi de R$2 bilhões.

Mas isso é só um detalhe para os privacionistas. O Banco do Brasil e a Caixa também tem grandes lucros, assim como as empresas controladas pela Eletrobras e a Petrobras. E eles querem vender tudo.

No caso da Eletrobras, entregarão junto o regime de águas e a geração de energia, uma questão de segurança nacional.

No caso do Banco do Brasil e da Caixa entregarão também o serviço social realizado pelas duas entidades.

No caso da Petrobras, novamente a energia e a segurança nacional.

Em 25 de julho de 1942, tropas alemãs conquistaram a cidade de Rostov-on-Don, no sudoeste da Rússia, como parte da Operação Edelweiß, e então tomaram os campos de petróleo além de Maikop, Grózni e então Baku. O objetivo final era avançar sobre o Azerbaijão e tomar seus vastos poços petrolíferos. A invasão alemã não deu certo, depois de sucessivas derrotas, mas o petróleo já era então uma questão de vida ou morte. Continua sendo.

Quem reclama hoje da Petrobras praticar preços internacionais no mercado interno sabe que seria muito pior com a grande empresa privatizada e retalhada em pedaços como o Governo vem fazendo.

Conforme matéria da Folha de ontem, o BNDES vendeu suas últimas ações da Vale (antiga Vale do Rio Doce), por cerca de R$11 bilhões. Entregue por R$3,3 bi numa privatização criminosa em 1997, seu valor hoje é de mais de 500 bilhões, sendo a empresa mais valiosa da bolsa brasileira.

Quem ficou com o troco das repetidas transações? 

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Autor: jornaloexpresso

Carlos Alberto Reis Sampaio é diretor-editor do Jornal "O Expresso", quinzenário que circula no Oeste baiano, principalmente nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério. Tem 43 anos de jornalismo e foi redator e editor nos jornais Zero Hora, Folha da Manhã e Diário do Paraná, bem como repórter free-lancer de revistas da Editora Abril

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