Pelo terceira dia consecutivo o País se desespera pela notícia de mais de 2.000 mortes diárias, causadas pela contaminação por Coronavírus e três novas e perigosas variantes – mutações – do vírus.
Um grupo de pesquisadores coordenado pelo Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) sustenta que há uma nova variante do coronavírus em circulação no país. De acordo com os cientistas, ela teria surgido em agosto de 2020 e já se espalhou por estados de todas as regiões, exceto a Centro-Oeste.
A mesma variante já havia sido descrita por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em um trabalho independente. Assim como as linhagens brasileiras P1 e P2, que vêm sendo classificadas pela comunidade científica internacional como de “preocupação”, a nova variante possui a mutação E484K na proteína S do vírus. Essa mutação, de acordo com pesquisa, teria conferido maior capacidade de transmissão ao vírus.
Em todos os estados do País, inclusive no Distrito Federal, as novas variantes estão proporcionando uma devastação sem precedentes. Os sistemas hospitalares, sem exceção, estão colapsados. Apenas no Amazonas e em Roraima existe um decréscimo de casos e mortes, mas ainda significativos, justamente os estados onde mais se vacinou.
Enquanto isso, vacina-se muito pouco: pouco mais de 200 mil pessoas por dia, em um universo de 215 milhões, já que agora o vírus não está escolhendo idade. Apenas 9,5 milhões de vacinas foram aplicadas até agora.
Iniciativas de municípios, Estados e até do Governo Federal não vislumbram a entrega imediata de vacinas, a não ser aquelas fabricadas pelo Instituto Butantan.
Hoje o Consórcio de Governadores do Nordeste anunciou a compra de quase 40 milhões de vacinas Sputnik, 9,7 milhões das quais destinadas à Bahia, mas com cronograma de entrega que supera os 60 dias. O Governo Federal também anunciou aquisição de 10 milhões de doses de Sputnik, tão rejeitada, pelo próprio Governo e pela ANVISA.



